O projeto Cicloturismo de Base Comunitária promete movimentar setores de cultura, turismo, economia, esporte e lazer do município de Lauro de Freitas. Com uma proposta de promoção de desenvolvimento sustentável, geração de renda e valorização de patrimônios históricos e ambientais, o projeto vai transformar a cidade em rotas de conhecimentos para os amantes da bicicleta.

O mosaico de atividades do Cicloturismo de Base Comunitária, planejado para ocorrer nos dias 29 e 30 de janeiro do próximo ano, foi apresentado nesta quinta-feira (18), no Cine Teatro de Lauro de Freitas, para representantes da Prefeitura Municipal e de instituições da sociedade civil organizada. O projeto, que está em fase de operacionalização, define duas rotas turísticas para serem exploradas no município.

Segundo o idealizador Tássio Cardoso, o projeto é uma resposta criativa da sociedade laurofreitense diante dos impactos provocados pela crise sanitária. “Este movimento surge como uma força porque vai beneficiar os setores mais afetados pela pandemia: a cultura, o turismo e a economia local. Trazemos o ciclismo como um expediente de sociabilidade e construção da sustentabilidade no município”, discorreu o doutorando em educação e contemporaneidade.

Presente na reunião, o vice-prefeito Vidigal Cafezeiro destacou o projeto como um viés enriquecedor da identidade sociocultural do município. “Temos um território rico em diversidade e esta ação de cicloturismo vai fortalecer ainda mais a nossa história e a economia. Com certeza vai movimentar a cidade, em um ano que vamos completar 60 anos de emancipação, e este projeto antecipa as comemorações logo no começo do ano”, disse.

A realização do Cicloturismo de Base Comunitária está sendo planejada por um conjunto de representações, entre elas: a Lauro Criativa, a Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas, a Prefeitura Municipal, o Núcleo de Apoio às Comunidades (NAC), o Gipres (grupo de pesquisa da UNEB), os Coletivos Criando Asas e Quingoma, e outras instituições como o Rotary, Vilas Magazine, UFBA, Uninassau, além de grupos culturais e conselhos da cidade.

Rotas do cicloturismo

O planejamento do projeto define a realização de duas rotas turísticas e culturais no município, uma para o dia 29 e outra para o dia 30. A primeira terá saída da Praia de Ipitanga, com sequência pelos bairros de Vilas do Atlântico e Buraquinho, retorno pelo Loteamento Miragem, Parque Ecológico, fim de linha e culminância na Praça da Igreja Matriz, no Centro.

A segunda rota vai explorar áreas de expansão do município. Saída marcada do Terminal Turístico Mãe Mirinha de Portão, sequência pela Estrada do Coco, caminho do Bambuzal, barragem do Jambeiro, Areia Branca, Quingoma, Vida Nova, Caji e chegada na Praça do Caranguejo, na Itinga. Nas duas rotas, ciclistas vão encontrar feiras da economia solidária, com artesanato e gastronomia, além de apresentações culturais.

De acordo com Tássio Cardoso, também coordenador geral do projeto, estima-se a participação de mais de dois mil ciclistas. “Já temos o apoio de 20 grupos de ciclistas, cada um com cerca de 100 a 300 filiados, para estarem visitando os principais lugares da cidade. São grupos de Mata de São João, Dias D’Ávila, Sítio do Conde, Chapada Diamantina e Sergipe”, relatou.

Oficinas de artes

Além das rotas de cicloturismo de base comunitária, dentro do projeto existe o planejamento para a realização de oficinas de artes e apresentações culturais, na primeira semana do mês de fevereiro de 2022, voltadas para as comemorações dos 100 anos da Semana de Arte Moderna.