Servidores de Lauro de Freitas participam de formação com foco nas relações de gênero e suas interseccionalidades

Por: Laerte Santana
Quarta, 15 de Março de 2023 às 14:02

Servidores de Lauro de Freitas participam de formação com foco nas relações de gênero e suas interseccionalidades

Foto: Maína Diniz


Entender a vivência e luta de mulheres negras, indígenas, PCDs, LGBTQIAP+, idosas, além de outros marcadores sociais, é a proposta do conceito de interseccionalidade nas relações de gênero. Diante dessa perspectiva, a Coordenação de Formação não Docente da Secretaria Municipal de Educação (Semed) realizou, nesta quarta-feira (15), uma roda de conversa relacionada à temática, para servidores da Prefeitura de Lauro de Freitas.

No Teatro João Gilberto, da Estação Cidadania (PEC 3000) em Itinga, a coordenadora Terezinha Barros abriu o painel “Relações de Gênero e suas Interseccionalidades” explicando que o foco da formação é possibilitar a discussão, reflexão e compreensão de comportamentos sociais que promovam abordagens adequadas e antidiscriminatórias, com base no respeito à diversidade de gênero e prevenção as mais diversas formas de violência de gênero.

Uma das palestrantes, Erica Capinan, diretora do Departamento LGBT da Prefeitura, abordou questões de diversidade de gênero voltadas, especialmente, ao ambiente escolar. “É preciso compreender o que é orientação sexual, identidade de gênero, sexualidade, para que se possa ter um acolhimento humanitário. Conhecer o que significa cada conceito quebra preconceitos. A educação deve ser transformadora, emancipatória, laica”, ressaltou.

As interseccionalidades nas relações de gênero também passaram pelas reflexões do combate à violência contra a mulher, com a fala de Ivana Monteiro, assistente social do Centro de Referência Lélia Gonzalez. “Fomos educados para a heteronormatividade e não para a diversidade. A mulher em situação de violência é uma questão de políticas públicas, e colocar a educação no centro desses processos é um dos maiores desafios”, apontou.

Na roda de conversa, Celinei Blaschke, mestra em Direito, Governança e Políticas Públicas, reforçou como as interseccionalidades orientam nas escolhas sociais. A formação ainda contou com a participação de Maria Adna Aguiar do Nascimento, desembargadora do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª REGIÃO – TRT5; Silvia Lúcia Ferreira, coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas sobre Mulheres Gênero Saúde e Enfermagem/UFBA; e Roquelina Magnolia, presidente da Associação Criando Asas LF).